Cultivar da TMG é colhida na Abertura Oficial da Colheita da Soja na Safra 2014/15 na Região Centro Oeste do Brasil

 

A cultivar de ciclo super precoce da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), a TMG 7062 IPRO, foi colhida nesta quinta-feira (29) durante a Abertura Oficial da Colheita da Soja da Safra 2014/2015. O evento foi realizado pelo Projeto Soja Brasil, do Canal Rural, com apoio da Aprosoja Brasil, Aprosoja-MT e Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), na sede da Fazenda Sementes Adriana, localizada em Alto Garças-MT. Para simbolizar o início da safra, sete autoridades convidadas conduziram com operadores as colheitadeiras na área de 45 hectares plantadas com a cultivar.

A solenidade marcou o momento ápice da cultura do grão, cuja expectativa de produção é atingir o recorde de 28 milhões de toneladas em Mato Grosso. A abertura foi antecedida pelo Fórum Soja Brasil, que levou para a discussão temas sobre a qualidade das sementes e os rumos do governo federal para o agronegócio brasileiro. Os participantes acompanharam os painéis de debates, transmitidos ao vivo pelo Canal Rural para todo o País e também pela internet.

TMG 7062 IPRO – A cultivar desenvolvida pela TMG e escolhida para abrir a colheita da soja nesta safra em todo o Brasil é a única no mundo que une duas tecnologias – Intacta RR2 PRO e INOX -, que oferecem ao produtor resistência à Ferrugem asiática e às principais lagartas da soja. Conforme o gestor de Desenvolvimento de Mercado para o Cerrado, José Francisco Martins, além da característica super precoce, que permite o cultivo em torno de 90 dias, o material cresce bem e é uma excelente opção para anteceder a safrinha. A produtividade média do material colhido nesta quinta-feira foi de 63 sacas por hectare nos 36 hectares colhidos.

A TMG 7062 IPRO está disponível para todo o Brasil, foi lançada na região sul do País na safra 2013/2014 e no cerrado brasileiro na safra 2014/2015. Para o presidente da TMG, Francisco Soares Neto, o evento é um marco para o agronegócio em razão das importantes discussões e abertura da colheita no Estado que é o maior produtor brasileiro. “O Fórum Soja Brasil foi de grande valia pela reunião de autoridades políticas e do setor agrícola no debate de questões que podem definir os rumos e diretrizes em torno de melhorias na legislação do setor, infraestrutura, aspectos fitossanitários e regulamentação fundiária”.

 

Via TMG

Trigo: Preços avançam no mercado internacional com demanda e problemas de clima na Rússia e na Ucrânia

Nota

O preço do trigo sobe nas bolsas de Chicago e Paris por conta das estimativas de que a produção na Ucrânia e na Rússia vai ser menor do que o esperado. Isso se deve às chuvas excessivas, que limitam a capacidade dos produtores de fazer seus plantios de inverno.

 

O oeste da Ucrânia, o vale do Rio Volga, na Rússia e a região dos Cáucasos devem receber chuvas localizadas de moderadas a fortes durante esta sexta-feira (4), de acordo com as previsões do serviço de meteorologia AccuWeather. O plantio de trigo de inverno da Ucrânia está 30% abaixo da meta do país para este período, devido a uma chuva recorde no mês passado. Na Rússia, o plantio do grão de inverno está abaixo dos 13 milhões de hectares, um número muito menor do que a área estimada anteriormente, que era de 16,4 milhões de hectares.

 

Segundo o economista Dennis Gartman, o trigo deve continuar subindo, uma vez que os comerciantes estão prestando atenção no fato de que a safra de trigo de inverno da Ucrânia vai ser reduzida bruscamente, já que as chuvas fazem com que o plantio seja praticamente impossível.

 

A produção mundial de grãos este ano será de 2.49 bilhões de toneladas, 7,7% a mais do que no ano passado, mas 3,1 milhões de toneladas menor do que a previsão anterior, de acordo com a previsão da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A organização atenta para a safra mundial de trigo, que deve ser de 704,6 milhões de toneladas, um número considerado baixo. O potencial reduzido de produção na América do Sul, onde as geadas castigaram as lavouras do cereal.

 

 

 

Com informações da Bloomberg.

Um olho no norte, outro no sul e outro no leste, por Amilcar Centeno

Iniciou a colheita da soja em algumas regiões produtoras dos Estados Unidos. Este é o momento em que normalmente o mercado “vira” o ano-safra, ao mesmo tempo em que começa a voltar suas atenções para oSul, principalmente para o Brasil ea Argentina.
Este ano, porém, em função dos atrasos no plantio, as especulações sobre a produção da safra norte-americana se mixturam com as projeções da safra no Hemisfério Sul.

O último relatório do USDA, publicado em 12 de setembro, estimou a produção de soja dos EUA em 85,7 milhões de toneladas, uma redução de 2,88 milhões de toneladas em relação ao relatório anterior. Estas estimativas nem haviam sido publicadas e vários analistas ja afirmavam que os números ainda são muito altos, e que independente do que ocorrer com o clima, o USDA irá ajustar novamente a safra de soja para baixo em seu próximo telatório de Outubro!

O relatórioestimou a produtividade media da soja norte-americana em pouco mais de 41 sacos/ha, uma redução de 3,4% em relação ao relatório anterior, mas ainda 1,8 sacos a mais por ha do que no ano passado.O que mais causa estranhesa nestes númerosé que os cálculosdo USDA ao mesmo tempo em que consideram o menor número de vagens por metro quadrado desde 2004, mais alto apenas do que o ano passado quando uma seca prolongada derrubou a produtividade para pouco mais de 44 sacos/ha, também estima o segundo maior peso por vagem desde 2004 e também apenas menor do que o do ano passado, quando o enchimento dos grãos foi beneficiado por intensas chuvas no final do período, trazidas pelo furacão Isaac.

Mas o que mais causa estranheza é que o USDA não fez nenhuma alteração na área plantada ou colhida, apesar de até o último dia 1º de setembro os agricultores norte-americanos já terem solicitado cobertura de seguro para 3,32 milhões de ha. Isto de compara com os 3,12 milhões de ha no início de agosto deste ano e com 0,5 milhões de ha no ano passado

Um bom exemplo de como o mercado especula nestes momentos de indecisão foi o relatório publicado na semana passada pela agência internacional Bloomberg, comentando sobre o início da safra norte americana. Este relatórioindicava uma boa produtividade, com números maiores do que os que vinham sendo estimados anteriormente. No nosso modo de ver, isto não deve ser visto como um sinal de que as perdas foram super-estimadas, pois na verdade o as áreas que estão começando a ser colhidas são exatamente aquelas lplantadas no momento adequado, ainda no início do período de plantio e antes das chuvas que provocaram todos os problemas na safra norte-americana. Além disso, a área colhida até o momento representa pouco mais de 3% da área total e está concentrada nos estados ao Sul do cinturão do milho e pouco significativos, como o Arkansas, Lousiana e Mississipi.

Os números da safra norte americana só serão de fato decididos na parte final da colheita, quando serão colhidas as áreas mais problemáticas, concentradas em grandes estados produtores, como Iowa e Minnesota.

Além destas incertezas em relação ao impacto do clima passado, ainda restam algumas indefinições em função do clima ao longo deste período de colheita tardia. Neste último final de semana (21 e 22/09) ocorreram geadas esparças na parte norte do Meio Oeste norte-americano. Embora as temperaturas não tenham sido baixas o suficiente para matar as lavouras, e apesar da previsão de um clima mais amenos para esta semana, este fato deixou o mercado em alerta e preocupado, adicionando ainda mais volatidilidade às negociações.

Enquanto isso, as atenções começam a se voltar para a safra no hemisfério Sul. Ainda na semana passada a Oil World especulava sobre a “seca” que poderia atrasar o plantio na Argentina e no Brasil. Como se este não fosse normal estarmos no final da estação das secas e aguardando as primeiras chuvas nos Cerrados! Aliás, as previsões de chuvas sobre quase todo o território brasileiro para esta semana já colocaram estas especulações no passado, e o país se prepara para uma super safra de soja, avançando com a leguminosa sobre as áreas de milho, que continuarão a crescer na segunda safra.

Não bastasse tudo isso, ainda é preciso manter um olho voltado para a China, que comanda o espetáculo no lado da demanda As exportações norte-americanas de soja vêm acontecendo em um ritmo mais rápido do que o registrado no ano passado. Das 37 milhões de toneladas destinadas à exportação, cerca de 21 milhões já foram comercializadas. Ainda na semana passada, o país asiático fez a sua quinta maior aquisição individual de soja da história, envolvendo 1,93 milhões de toneladasnum único negócio, como parte de uma negociação estimada em 4,8 milhões de toneladas.

Portanto, o momento do mercado é muito complexo e indefinido, porém tudo indica que este será mais um ano de bons resultados para a nossa soja, pois o único fator baixista à vista é a definição de uma possível grande safra no hemisfério Sul, De qualquer modo, o dinheiro está vindo em nossa direção. As cartas estão em nossas mãos! Só precisamos jogar bem, aproveitar a oportunidade e negociar com sabedoria!

PENSE NISSO!

Os gargalos da agricultura, por Amilcar Centeno

Ao contrário do que muitos pensam, não só as garrafas têm gargalos!

Todo processo produtivo apresenta restrições que lhe limitam a produtividade e eficiência. A estas restrições também chamamos de gargalos!

 

Esta constatação é muito importante, pois a identificação, análise e remoção destes gargalos normalmente causam grande aumento na produtividade do processo como um todo, permitindo os maiores ganhos de eficiência, Normalmente quando um gargalo produtivo é alterado, outros gargalos passam a limitados o processo, o que garante o emprego do gestor dentro de um processo de melhoria contínua.

Uma forma interessante de se abordar estes gargalos é examinar o desempenho dos chamados fatores de produção, que são aqueles bens, duráveis ou não, utilizados para produzir outros bens,utilizando-se processos e tecnologias de produção.

Em toda atividade produtiva, inclusive a agricultura, os economistas tradicionalmente classificam os fatores de produção em três grandes categorias: Terra, Trabalho e Capital.

O fator Terra não se refere apenas ao solo, mas também aos recursos minerais e outros como o ar e a água.

O Trabalho representa não apenas o tempo de trabalho humano dispendido na produção, mas também as capacidades e conhecimentos das pessoas utilizados na produção; este fator produtivo é geralmente considerado como a chave do desenvolvimento econômico.

 

O Capital inclui todos os bens duráveis produzidos com o fim de produzirem ou apoiarem na produção de outros bens ou serviços; aqui se incluem, por exemplo, as máquinas e as instalações.

Estes fatores não são independentes, mas interagem intensamente a fim de viabilizar o processo produtivo. Não é difícil entender, por exemplo, o impacto do Capital sobre a produtividade do Trabalho. Em nosso último artigo discutimos em detalhes o impacto da mecanização (Capital) na produtividade da mão de obra (Trabalho).

A habilidade fundamental do gestor está exatamente em entender cada um destes fatores e suas interações, interferindo de modo a aperfeiçoar o processo produtivo de seu empreendimento.

A forma mais comum de avaliar os fatores de produção é medir sua produtividade, ou seja, quanto de um determinado fator é utilizado para produzir o resultado final do processo.

 

Na agricultura é muito comum se falar da produtividade da Terra, na forma de kg/ha, toneladas/ha ou sacos/ha. Não é difícil imaginar índices de produtividade ligados aos outros fatores de produção, como a produtividade do Trabalho (toneladas/homem-hora, por exemplo) ou a produtividade do Capital (toneladas/R$, por exemplo).

 

Outra forma de trabalhar estes fatores é entender qual deles é o mais restritivo ou, como dissemos antes, qual deles é o gargalo?

 

Na agricultura norte-americana, provavelmente o gargalo está no Trabalho, em função da escassez de mão de obra no meio rural. As ações dos gestores agrícolas desta região normalmente visam utilizar os demais fatores de produção para otimizar a produtividade do Trabalho. Assim se observa a consolidação do fator Terra, agrupada em propriedades cada vez maiores e mais eficientes, ou o uso do fator Capital, na forma de intensa mecanização, para multiplicar a produtividade do Trabalho.

 

Certa vez visitei um agricultor no Meio Oeste dos Estados Unidos, um senhor de idade que trabalhava praticamente só em sua fazenda, e que dispunha de um trator para cada um dos seus implementos, pois não queria perder tempo nem dispender esforço para acoplar e desacoplar os equipamentos!

 

Um país em que o fator Terra certamente é o maior gargalo é a China. Visitando um típico produtor deste país me surpreendi quando ele me mostrou com orgulho sua “lavoura”: cinco linhas de milho que ele cultivava manualmente todos os dias!

 

Outro país em que o fator Terra é provavelmente o gargalo é a Austrália. Neste caso o fator Terra é representado pela água. Este recurso é tão escassono país que vários rios australianos já não alcançam os mares, pois sua água é totalmente utilizada para o consumo humano ou agrícola. Certa vez ouvi de um agricultor australiano que seu objetivo maior na gestão de sua propriedade era produzir o máximo de toneladas de alimentos com cada milímetro de água utilizado na irrigação das suas lavouras.

 

E no Brasil? Qual fator é o gargalo do processo de produção agrícola?

Minha aposta é o Capital, afinal muitos agricultores afirmam que este é o fator que lhes impedem de crescer ou melhorar sua produção. Ao mesmo tempo, a disponibilidade de linhas de crédito é sempre uma condição para a viabilidade da maioria das lavouras do país. Isto para não falar do custo (juros) deste capital!

 

Por outro lado, o fatorTerra, apesar do custo crescente, ainda é abundante, tanto pela disponibilidade de áreas para expansão, como pela abundância da água no período das safras.

Quanto ao Trabalho, apesar de cada vez mais caro e escassa, a mão de obra ainda é relativamente abundante no meio rural. É verdade que muitas vezes lhes falta a educação e o treinamento adequado.

 

A combinação dos Fatores de Produção certamente varia de país para país, mas também existem diferentes combinações a nível regional ou mesmo em cada propriedade rural.

E na sua propriedade, como se combinam e interagem os fatores de produção? Onde está o gargalo? Como este gargalo poderia ser removido para melhorar todo o seu processo produtivo?

 

 

PENSE NISSO!

 

Fonte: 100teno Estratégia Planejamento